domingo, 12 de dezembro de 2010

A prisão do recomeçar

O frio nos pés permanece e depois do conforto ainda tremem continuamente. Estão molhados, sós e desprotegidos depois da dura exposição ao vento árido e ás diabruras da chuva que caiu sem parar.
Pela primeira vez na vida sentem vontade de parar. As articulações destes pés frios transformaram-se em duras pedras de gelo que se assemelham ás dores da alma que teimam em não desaparecer.
A chuva a cair incessantemente não resolve nada e a nudez destes pés gelados não aguentam outra caminhada. Não mais. Nunca mais.

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