quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O eterno drama social dos idosos

Para terminar a minha licenciatura, no relatório de estágio decidi tratar (em parte) o fenómeno da violência sobre o idoso. Embora tenha centrado a pesquisa nos técnicos de uma IPSS que trabalham com esta população, o relatório fez-me perceber parte da verdadeira dimensão dos problemas dos idosos.
Li o bastante para perceber a forma desprezível como os mais velhos são encarados na sociedade do século XXI! Socialmente, cada vez mais os idosos são ignorados enquanto nos chegam dados estatísticos do nosso país - e de outros países europeus - que mostram uma franca expansão no envelhecimento populacional. Isto é altamente contraditório ou não? Basta olharmos para os bancos do jardim perto da nossa casa para ver aquilo que estou vos estou a falar: o abandono social do idoso.
Na sociedade actual, vive-se a correr porque "não há tempo a perder", sendo sempre os elementos mais fracos os principais prejudicados. Cada vez mais as famílias e os amigos esquecem os seus idosos condenando-os á solidão e em muitos casos á vitimização prolongada - onde podem sofrer maus tratos psicológicos, físicos, sociais, etc. Para a Segurança Social (que deveria proteger os mais desfavorecidos), estes são cada vez mais "um fardo" e uma preocupação económica e social. É irónico se pensarmos esta situação de forma racional pois a grande maioria destes cidadãos séniores que são hoje desrespeitados fizeram anos de descontos durante a sua actividade laboral. Desta forma, deveriam ser devidamente recompensados pela sociedade para a qual contribuíram de forma continuada e não colocados "á beira do prato" ou encarados como uma preocupação extra.

O triste de toda esta situação é que ninguém vê, ninguém se importa e todos passamos ao lado. Será que ninguém percebe que os jovens de hoje são os idosos de amanhã?


Julgo que a minha querida Mafalda Veiga poderá deixar umas pequenas pistas do muito que aprendi com este trabalho:

1 comentário:

  1. O propósito do teu relatório tem tanto de pertinente como de nobre. A ideia é boa mas lá está - todos vêem, todos sabem que existe.. mas poucos (ou quase nenhuns) querem saber dela. Costuma dizer-se: "com o mal dos outros posso eu bem..." - nada mais errado.

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